quarta-feira, 25 de junho de 2008
Paixão por futebol
Eu posso dizer que nasci flamenguista porque não escolhi sê-la. Eu já era e nem sabia. Mas claro, tive oportunidades de mudar de time... Mas nunca me veio à cabeça, juro! Tanto que o amor que uns dizem sentir por seus times, que não sejam o Mengão, me eram ininteligíveis.
Na minha família todos são Flamengo, salvo raras excessões, principalmente aquelas que NÃO sacam nada de futebol: minha avó e tia são Fluminense, outra tia minha é Botafoguense, meu padrinho torce contra o Fla e meu tio torce pro Vasco...Acho que só! e olha que a família é extensa!
Eu não conseguia entender como uma pessoa escolhia torcer pro... Fortaleza, sei lá! Como alguém declara seu amor, o mesmo que devoto ao Fla desde pequena, pro 15 de Piracicaba?!
Aos poucos (demorou muito) fui procurando entender os motivos que cada um possui pra torcer pra determinado time. Compreendi que nem todo vascaíno é marrento, nem todo fluminense é almofadinha, nem todo botafoguense é chorão, assim como nem todo flamenguista é favelado...hehehe
Mas sinto meu sangue ferver tanto quando vejo a torcida do mengão, toda vestida de rubro-negro, meu rosto ruboriza junto e, eu não agüento, gente, eu torço muito!
Grito, xingo, canto, e grito e grito...
É muito bom!
Viva ao futebol, viva aos torcedores pacíficos, viva aos times brasileiros e, se Deus quiser, mais tarde, ainda hoje, aos times estrangeiros também!
Beijos!
sábado, 21 de junho de 2008
Doce lembrança
Só aí fui me dar conta de que ele era meu!
Ele, coitado, não tá no meu arquivo de poemas... Eu escrevia por estímulo do Carlos (aquele de literatura que eu já falei por aqui...). Era muito legal ver que ele se empolgava cada vez mais com o meu progresso.
É claro que chegou um momento em que a fonte secou (hihihihi, depois dizem que inspiração não existe), mas de vez em quando ainda anoto algumas idéias...
A parte que falta, o tal poema, tá longe agora, da próxima eu publico. Por enquanto fiquem com um singelo The Best Of dos meus poeminhas: (esse aí pro Chico foi o primeiro que fiz ^^)
Pra sempre (p/ Chico Buarque)
De primeira era inconstância
Não sabia o que era e o que tinha
Podia ser só influência
De pai à filha, genética linha
De segunda, a coincidência
Quebra-cabeça indefectível
Deslumbre a tal freqüência
Passando a ser amor incrível
De terceira era a certeza
Do amor eternizado
Inevitável lágrima presa
Num encontro idealizado
Apenas ele me consola
Meu coração já encantou
Para ele eu sou a tola
Luiza, que tantas vezes cantou
Esse agora foi sutilmente rejeitado num concurso de poesias local...hahaha
Amizade
É golpe de ar, vapor
Enche de vida a face
E que nesse segundo ficasse
Todo esse corar, esse ardor...
É ver uma parte sua
Desprendida, desgarrada
Mas que lhe esteja integrada
Como é da noite a lua
Me ocorre em vários níveis
As reais, as idealizadas
Quem dera, todas realizadas
Mesmo que um tanto impossíveis
Mesmo que num segundo
Que pare de girar o mundo
Para ser sublime o momento
Amizade também é amar
Da mais simples forma
De vários jeitos, sem norma
É fazer o coração se encantar.
Esse agora fiz pra uma garota que me infernizava na escola :D
Sereníssima
Oculta em tua face de amores
Nos olhos que emanam ternura
Escondida em plena candura
Tuas cruzes, teus fardos, tuas dores
Indolores
Aos olhos de quem te vê nas ruas
Exalas o cheiro da inocência
Ninguém enxerga tuas emoções cruas
Pudores
Acorda do teu sonho lindo
Por que procuras o infinito
O eterno, o bonito
Não vês as paredes ruindo?
Sei o que se passa contigo
Liberta-te desta face
Revele a penumbra, o impasse
Que traz seu coração ferido
Chore cada estrela do teu céu
Beba do néctar da flor
Pinte na tela teu amor
E rasgue de vez esse véu
O próximo foi meu momento Álvares de Azevedo (UI!)hahaha
Revelação
Depois da festa
Do brilho, do vinho
Ah...agora és tu
Lá era só fingir
Mas ainda pareces fino
Pareces sonho
Mesmo que nem tão doce
Porque és real
...ou não
...deixa provar-te?
...
...és sonho!
Amado
Prometi a ti escrever um dia
Na esperança que meu coração
Um dia encontraria calmaria
Apoiaria-se em razão
Mas que engano!
Não conhecia eu o amor
Sentimento de cigano
Pleno de puro frescor
Ponho-me aqui a dizer
Sem pesar nem um instante
Amo-te amado amante
E nunca irei te esquecer
Sequer num passar de horas
Num relance de minha vida
Num encontro em que demoras
Num incomodar de ferida
És meu amor, minha glória
Meu eterno encantamento
Companheiro na vitória
Motivo de contentamento
Eu te amo.
Inclusive o nome Amado vem disso mesmo: é o significado de David :D!
O próximo também fiz pra ele, ou melhor, pra nós dois. Ambos vieram depois de uma prolongada seca de poemas... E depois que os fiz a seca persiste!
Parte minha, nosso inteiro
Ando mesmo assim
Apesar de estar aqui
Esquecendo o que é sofrer
Esquecendo o que é dor, pesar
Qualquer coisa
Ando mesmo muito eu
Te querendo por inteiro
Te tendo aos pedaços
Observando seus passos
De leve
De mansinho, chegando junto
Pra te deixar louco
Te quero muito mesmo
Muito bem, muito feliz
Te quero sereno
Te quero veneno
Te amo demais
A distância só marca
Na pele a vontade
De te ver de novo
Te roubar um beijo
Abraçar bem forte
E te ter pra sempre...
Chega de expor meus dotes literários (ou a falta deles). Juro que na próxima publico a tal Parte que falta... tão bonitinho o poema...
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Cada um com suas bobagens
Como todo ser humano (humano) eu as tenho sempre comigo. Sim. Minhas bobagens, breguices, bobiças, seja lá qual for o nome.
Elas são feito o mar... sobem com a maré, depois desaparecem. E quando eu acho que elas foram embora, elas voltam e mexem um um tiquinho de sei lá o que que carrego dentro de mim. Não sei como fazem, mas despertam uma empolgação, uma memória visual, aromática, tátil que eu desconhecia (ou propositalmente esquecia).
Seria bom se fossem só lembranças de coisas de que tivesse muito orgulho mas, quer saber, eu tenho orgulho das minhas bobagens sim!
Cada uma delas, no momento em que vieram, eram de grande importância pra mim, então que assim seja!
Que voltem as bobiças a alegrar meu coração!
Eu só sei de uma coisa: como todos têm alguma, eu não me envergonho mais.
Atenção caros leitores: aproveitem bem esse momento de destrução da imagem de intelectualidade da autora (isso é raríssimo).
Eu SIM ouvia Backstreet Boys (epa! a quem estou enganando?! Ainda ouço!), N'sync, Britney Spears, Five, Spice Girls e adjacências genéricas e... quer saber?! Me ajudaram muito a aprender inglês...
Eu SIM fui (sou, sei lá) muito fã de The Calling. Encarei uma fila virtual de 9 meses pra ter uma mísera pergunta respondida pelo Alex Band! E ele vai fazer show aqui em Campo Grande e... quer saber?! Tô com a maior dor de cotovelo de não ir...
Eu SIM decorei a coreografia de Thriller do Michael Jackson (eu e os prisioneiros da Filipinas, né?!) pra arrasar nas festinhas... E sei até hoje!
Eu SIM copiei e inventei coreografias pra trocentas músicas dos Backstreet Boys e me apresentava no colégio com meu grupo de dança e... ARRASAVA, tá?!
Eu SIM fazia aulas de lambairóbica (!!!!!!!). Dancei clásicos da música popular brasileira como Harmonia do Samba, É o Tchan, Tchaka Boom, e outros que, graças a Deus, nem me lembro mais... E eu era a melhor dançarina da turma, tá?!
Eu SIM assistia Fantasia todo santo dia e ficava em casa tentando acertar em qual dos fornos tava o frango assado (alguém aí lembra disso?)
Acho que tá bom de queimação de filme por hoje...
CAMPANHA: libere você também as suas besteiras...
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Tá tudo implícito (ou explícito)
Mas o cara tem carisma. Vejamos pela figura acima, que estampa carros, camisetas e afins:
Signos icônicos: são aqueles de reconhecimento cultural nosso. Na figura mais do que batida do Che, tem a estrelinha na boina, por exemplo. É uma luz no fim do túnel (a escuridão da boina), esperança...
Ele usa bigode, barba e cabelos longos... Isso me faz lembra de um cara que morreu executado... Não! Não foi Tiradentes não! (inclusive a imagem de Tiradentes cabeludo e barbudo é falsa, criada pra que se tivesse um mártir brasileiro, inspiração na República)... O cara que ele me fez lembrar morreu há um tempão atrás, pendurado numa cruz...
A câmera tirou a foto de baixo pra cima, o que dá noção de superioridade do cara, mas o fato de mostrar apenas o rosto aproxima um pouco mais o observador do figura. Sabe aquele ídolo sinistro que pára pra dar autógrafo? É a mesma sensação...
Ele nem tá de frente (focado nos observadores), nem de lado (alheio aos observadores), mas olhando pra um meio termo... Dá impressão de que?! Visão de futuro! (a figura costuma também vir acompanha da frase (signo linguístico) Hasta la victoria siempre!... é óbvio que ele tá de olho é nessa tal de Victoria...)
Signos formais: aqueles referentes ao uso das cores e composição na figura. A primeira característica a ser observada nesse aspecto da figura é que ela está em alto contraste, em preto e branco. Isso dá idéia de dualidade, bem x mal, e, é claro, a luz tá no rosto do cara, que tá rodeado de partes pretas, as forças do mal...
Inclusive a junção da boina com o cabelo sugere uma aura, uma espécie de aspecto divino ao dito cujo...
A coisa funciona bem: tem até Igreja (com I maiúsculo) do Che. 90% dos que usam camisetas e/ou adesivos do cara mal sabem da vida (e obra) do mesmo (estatística elaborada fajutamente pelo meu cérebro agora).
Não, eu não quis pegar Guevara de Cristo, mas que a análise de sua mais veiculada imagem (pára só pra reparar agora o tanto dela que você vai ver por dia!) é, no mínimo, interessante.
Beijos!
terça-feira, 3 de junho de 2008
Feche o livro e vá assistir TV!
Resolvi que leria todos os clássicos quanto eu pudesse (claro, tenho que citar meu grande amigo e incentivador, meu professor de literatura Alberto da Cruz que, inclusive, tá lançando um livro esse mês!). Ele nos orientou (na escola) a ler Édipo Rei, do Sófocles e Antígona, do mesmo autor. Eu tomei gosto!
Aí li O Ateneu do angrense Raul Pompéia . Eu não posso dizer que gostei de cara, mas como era leitura complexa, não me prendi a adorar nada. Inclusive travei em alguns deles, como Iracema de José de alencar, Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis e Romanceiro da Inconfidência de Cecília Meirelles.
Devorei Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, Noite na Taverna e Lira dos Vinte Anos do Álvares de Azevedo, Purgatório, de Mário Prata, Budapeste e Estorvo, do Chico Buarque. É claro que não me lembro de todos que li, mas o último foi O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brönte e estou lendo A menina que roubava livros.
Enfim, me sinto uma leitora medíocre (lembrando que o sentido da palavra é o mesmo que mediana...rsrs).
Agora, nunca menosprezem a TV!
Sou de uma geração que nasceu na frente da telinha e assim se sente muito bem. E digo que, com certeza, ela não é esse mal todo que pintam por aí. A TV tem grande valor, agrega muito, é um meio culturador incrível.
Muitos dizem que TV é pra preguiçosos mas eu acho que ela agrega o valor na experiência de quem a assiste de uma forma incrivelmente natural (passa imagem e som) e assim o que vem dela é melhor assimilado.
Muitos vão dizer que o problema não é o sistema em si, mas sim o repertório (no caso, a programação). Ora ora, cultura inútil por cultura inútil muitos sustentam o fardo de ter um exemplar de Paulo Coelho em casa, fora os falsos livros de auto-ajuda. Quem poderá condenar alguém por assistir um Zorra Total da vida, então?!
A TV é bode espiatório dos intelectualóides para a cultura atual. Mas não tem nada não, porque o Tio Carlos aí (o de literatura) me falava do escapismo humano. Pra fugirmos da realidade e nos sentirmos melhor evadimos à infância, ao sonho, à morte. Portanto, o que vem dos nossos primórdios (assim como das projeções que fazemos pra nós e do doce descanso do fim) era sempre mais feliz, descomplicado, bonitinho e funcional.
Os que jogam pedra na TV, eu sei, bebem da fonte. E se não bebem, não sabem o que estão perdendo. Com ela aprendi, aprendo e me divirto sim. Viva à TV!
...
...mas, é sempre delicioso devorar um livro, né?!